Podemos afirmar que a resposta à questão da melhor abordagem para perder peso é, aparentemente, subjetiva e depende de sujeito para sujeito e das circunstâncias da sua vida. Efetivamente falamos de uma questão preferencial, porem existem algumas tendências que nos apontam para resultados mais significativos no uso de uma ou outra estratégia.
De acordo com um estudo da Health Services Research Unit, Institute of Applied Health Sciences, da Universidade de Aberdeen as intervenções em grupo podem ser mais efetivas do que as individuais, para a perda de peso a longo prazo, em indivíduos obesos.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9542282/
Uma revisão sistemática elaborada através do National Institute for Health and Care Excellence indica que as intervenções em grupo, quer a nível nutricional quer ao nível do exercício, são mais efetivas para a redução do peso corporal a longo prazo.
https://www.nice.org.uk/guidance/ph53
Num estudo publicado no Jornal of Osteopathic Medicine é possível verificar que: comparativamente a indivíduos que treinam sozinhos, os indivíduos que participam em programas de exercício em grupo apresentaram melhores índices no que concerne ao nível de stress percebido, melhoria da aptidão física e da componente mental e emocional.
Respeite o seu corpo e evolua de forma sustentável!
Envolver-se na prática de uma atividade física em grupo parece quase sempre uma aposta ganha, contudo, entrar no ritmo do grupo parece a maior parte das vezes um desafio. Este desafio é tanto maior quanto menor for a sua condição física por isso:
Numa fase inicial, antes de realizar uma atividade de grupo, exercite-se de uma forma individual (ex. Ginásio ou treino personalizado…) e pense em desenvolver um pouco a sua resistência cardiorrespiratória, força muscular, mobilidade, flexibilidade corporal e equilíbrio.
Quando participar numa actividade física em grupo considere alguns pontos-chave:
- Respeite sempre os limites do seu corpo
Deve estar atento aos sinais demonstrados pelo corpo como por exemplo: descontrolo respiratório ou cardíaco, dores no peito, falta de ar, dor excessiva muscular e/ou articular, inflamações/inchaços articulares, má disposição ou tonturas;
- Aprenda a gerir o esforço
Não ceda a pressões do grupo e realize a atividade de acordo com as suas capacidades atuais, estabelecendo um limite de execução de tarefas, com uma intensidade leve a moderada e, num contínuo progressivo, até chegar à intensidade do grupo.
Controle a respiração porque, com o aumento da intensidade dos exercícios, a falta de oxigénio é maior ocorrendo a hiperventilação. Tente controlar a frequência respiratória, fazendo com que o tempo da inspiração e expiração seja mais ou menos idêntico. Caso necessite, use um padrão diferente de inspiração pelo nariz e expiração pela boca (pode respirar em simultâneo nariz e boca). Utilize a respiração diafragmática como forma mais efectiva de conseguir suprir a falta de oxigénio.
- Comunique com o instrutor e com o grupo
Não tenha problemas em interagir com os diferentes agentes da atividade que está a praticar. A comunicação com o instrutor é fundamental para que este consiga ajustar a componente individual da carga do exercício de acordo com as suas possibilidades.
Caso opte por uma abordagem em grupo ao nível do exercício lembre-se que, não só deverá agir em conformidade com o coletivo, mas também focar-se nas suas características individuais. Não use a comparação com os outros como fator motivacional, isto porque todos temos limites individuais e percepções diferenciadas da realidade. Aproveite a dinâmica do grupo para alavancar as suas capacidades, interaja com os demais e seja resiliente na sua atitude.
Até o próximo!