O sistema imunitário é a principal linha de defesa do corpo contra agentes patogénicos. Constitui-se essencialmente por células e moléculas que têm como função primária reconhecer e eliminar os invasores estranhos ao organismo.
A ação imunitária é dividida em duas fases sobre as quais implica reconhecimento e a resposta. A resposta imunitária é desencadeada de um modo específico e conduzida por células denominadas leucócitos ou glóbulos brancos.
A imunidade define-se muito sinteticamente como o estado de proteção contra infeções que assolam determinado corpo.
Sabe-se que o sistema imunológico depende de fatores genéticos, ambientais, idade, metabólicos, anatomofisiológicos, microbiológicos, nutricionais e do exercício físico. Com o avançar da idade o sistema imunológico sofre como todos os outros os sistemas corporais um decréscimo de efetividade.
Relação do Exercício Físico com o Sistema Imunitário
Evidências científicas apontam que o tipo de esforço físico afeta o sistema imunitário de diferentes formas. O exercício físico de elevada intensidade aumenta o stress fisiológico tornando mais vulnerável a infeções quem o pratica. Alterações de ordem fisiológica, bioquímica e hormonal bem como respostas inflamatórias são desencadeadas no pós-exercício influenciando uma predisposição para estados infecciosos.
Ao nível respiratório esforços desta categoria também propiciam um maior volume de ar inspirado e expirado, contribuindo para uma maior exposição das vias respiratórias a agentes infecciosos.
Em contrapartida exercício físico de intensidade moderada tem um efeito contrário, melhorando a função imunológica, aumentando o número de linfócitos e constituindo uma resposta pró-inflamatória diminuindo os riscos de infeção.
O exercício físico praticado com regularidade é um ótimo redutor do stress o que contribui favoravelmente para o funcionamento do sistema imunológico.
Presentemente enfrentamos desafios árduos resultantes da pandemia do Covid-19. As diretrizes dos governos para o isolamento social recaem essencialmente na necessidade de contenção e prevenção de contaminação de indivíduos para indivíduos. É de importância extrema o cumprimento do isolamento “ficando em casa”, intensificar hábitos de higiene e facultar o corpo com as melhores condições de proteção contra os agentes externos perturbadores do equilíbrio do organismo.
O exercício físico enquadra uma ferramenta essencial, facultando um combate ao sedentarismo e a monotonia de um processo de isolamento e o fortalecimento do funcionamento do corpo e neste caso do seu sistema de defesa.
Veja-se as diretrizes do Serviço Nacional de Saúde para a prática de exercício físico em isolamento.https://www.sns.gov.pt/noticias/2020/03/16/covid-19-atividade-fisica-em-isolamento/
Nestes tempos difíceis não deixe de realizar movimento nem de construir ou adaptar as suas rotina para uma prática regular ou diária. Lembre-se “fique em casa” mantenha o desafio e a esperança praticando exercício de intensidade moderada.